A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), realizou uma pesquisa com frequentadores de parques para subsidiar a elaboração do Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres – PLANPAVEL. Este plano a ser concluído este ano, tem como principal objetivo definir uma política de gestão e provisão de áreas verdes e de proteção do patrimônio ambiental do Município de São Paulo, conforme determina o Plano Diretor Estratégico (PDE).
O questionário on-line foi respondido por 3.071 pessoas, e ficou disponível por 47 dias, de 15 de setembro a 31 de outubro de 2019. A pesquisa apontou o perfil dos frequentadores dos parques municipais, opinião sobre infraestrutura, segurança e facilidade de acesso aos parques, a frequência de visitação, os principais meios de transporte utilizados, entre outros aspectos.
Do total de pessoas que responderam a pesquisa, 92% frequentam algum parque da cidade de São Paulo. Vinte parques concentraram 77,2% dos questionários respondidos, sendo que o Ibirapuera registrou 18,7% desse total, seguido pelo Parque da Aclimação (11,1%), Parque do Carmo (7,6%), Parque Jardim da Conquista (4,9%) e Parque da Independência (3,4%).
Entre os frequentadores, 96,2% residem na capital, sendo 5,7% no distrito de Vila Mariana, 4,9% em Santo Amaro, 4,6% no distrito São Mateus e 4,6% no distrito Butantã. Houve uma discreta concentração de questionários respondidos no centro expandido da cidade, e em alguns locais da região leste, em particular os distritos de São Mateus e Itaquera.
Do total de pessoas que responderam à pesquisa, 60,3% eram do gênero feminino, 38,2% masculino e 1,5% pertencentes a outros gêneros. Quanto à autodeclaração de características étnico-raciais, são predominantemente brancos (66,1%), seguidos pelos pardos (20,3%), negros (7,5%), amarelos (5,4%) e indígenas (0,8%).
A maior parte dos frequentadores possui renda familiar de 2 a 5 salários mínimos (32,3%); seguidos pela faixa de 5 a 10 salários mínimos (25,4%), mais de 10 salários mínimos (17,2%), 1 a 2 salários mínimos (17%) e até 1 salário mínimo (8%).
Quanto ao grau de instrução, 38,4% dos frequentadores possuem ensino superior completo, 28,4% pós-graduação, 27,3% ensino médio completo, 4,4% ensino fundamental completo e 1,5% possuem ensino fundamental incompleto ou não possuem instrução alguma.
Pouco menos da metade das pessoas que responderam à pesquisa (42,6%) vão semanalmente aos parques, enquanto 21,8% vão esporadicamente. A pesquisa revelou uma evidente associação entre a frequência de visitação e o meio de transporte utilizado: 41,6% dos frequentadores vão a pé. O automóvel é utilizado por 33,4%, ônibus e bicicleta são utilizados por 12,8% e 6% das pessoas, respectivamente.
Mais da metade dos frequentadores que responderam à pesquisa chegam ao parque em até 10 minutos (56,7%); 30,4% levam até 30 minutos; 8,6% até uma hora e 4,4% demoram mais do que uma hora. Por outro lado, 51,5% percorrem mais do que 1.000 metros para chegarem ao parque; 21,0% percorrem entre 500m e 1km; 14,1% de 300m a 500m e apenas 13,4% percorrem menos do que 300m.
Apenas 17% conhecem o conselho gestor do parque e, desse percentual, 70% procuram o conselho para tratar de questões sobre o parque. A pesquisa também revelou uma associação entre o grau de conhecimento sobre o conselho gestor e a renda e escolaridade do frequentador, isto é, pessoas com menor renda e menor escolaridade tendem a procurar o conselho gestor com mais frequência.
Foi constatado que 22,2% dos frequentadores utilizam o parque para prática de esportes ou atividades físicas; enquanto 18,8% procuram o parque para contemplação e interação com a natureza; 17,2% buscam descanso ou repouso no tempo livre, enquanto 12,5% quando vão ao parque levam as crianças para brincar.
Quanto aos usos potenciais dos parques, a maior demanda é por eventos de música, arte e cultura, já que 28,7% dos frequentadores informaram que se interessariam por esses tipos de atividade caso fossem oferecidas. Em seguida, aparece o interesse por eventos esportivos e atividades físicas monitoradas (25%); atividades guiadas de lazer, aventura e interação com a natureza (23%) e programas e cursos de educação ambiental e sustentabilidade (21,2%).
A sinalização e a disponibilidade de meios de transporte para chegar ao parque, assim como a conservação da vegetação foram avaliados de forma positiva pelo público. Entre os frequentadores, 98% afirmaram que os parques trazem algum benefício para a cidade e/ou para a população, sendo que o principal aspecto citado foi a diminuição do estresse. Para esses frequentadores, o parque também ameniza a temperatura, diminui a poluição do ar e melhora a convivência entre as pessoas.
A maioria (79,2%) procuram se informar sobre os eventos que ocorrem nos parques, sendo que as redes sociais aparecem como o principal meio de informação. O próprio parque também é considerado como uma fonte importante de informação para 24,6% das pessoas que respondera à pesquisa. O portal da Secretaria do Verde e Meio Ambiente é a principal fonte de informação sobre os parques municipais para 12,1% dos frequentadores.
Fonte: capital.sp.gov.br
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