A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mutinga está inserida numa área de Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM) e é atualmente, a única RPPN com reconhecimento municipal. Na época que foi reconhecida como reserva, em fevereiro de 2011, o local pertencia a uma incorporadora que desejava construir um condomínio e a condição para essa construção foi a preservação de um remanescente de Mata Atlântica, cuja área pertence ao município de São Paulo e à subprefeitura de Pirituba, na região Noroeste da capital. A SVMA atua para dar apoio e acompanhar a gestão dessa unidade de conservação particular, graças ao Decreto Municipal Nº 50.912 de 2019, que instituiu o Programa Municipal de Apoio às Reservas Particulares do Patrimônio Natural e dessa forma, reconheceu a RPPN Mutinga dessa unidade de conservação particular
“Moro no condomínio próximo à Reserva desde 2013 e gosto muito de morar nesse local por causa da proximidade com a natureza, do maior engajamento das pessoas em relação à ecologia e preservação do meio ambiente. Há também a valorização do imóvel, por conta de sua beleza e diversidade de fauna e flora. Temos muitos animais silvestres na RPPN e todo mês ela abre para visitação com um tema relacionado a natureza”, conta William Marcos, síndico e morador do condomínio próximo a essa Unidade de Conservação Particular.
A RPPN Mutinga, apesar de ser uma área relativamente pequena, possui grande importância no contexto ambiental em que se insere. Localizada em uma região onde os grandes fragmentos florestais foram extintos, em virtude da urbanização, encontra-se próxima de Unidades de Conservação, como o Parque Estadual Jaraguá, o Parque Anhanguera e o Parque Estadual Cantareira e inserida no Corredor Ecológico Norte da Mata Atlântica do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica – PMMA São Paulo.
“Para o Município, a RPPN traz uma certa relevância ambiental em aspectos como a beleza, o refúgio de fauna silvestre e a preservação de espécies florísticas. Já para os munícipes, os ganhos de qualidade de vida são bastante relevantes também, uma vez que promove bem-estar ao contemplar a natureza, purifica o ar, amortece os ventos, retém as águas das chuvas, abastece os lençóis freáticos, ameniza as temperaturas e reduz a poluição sonora e do ar”, explica Josina Souza, gestora da RPPN Mutinga, sobre a importância da Reserva.
A Reserva tem área total de 2,5 hectares (25.000 m²), é formada em sua totalidade por um fragmento florestal composto por espécies nativas e algumas exóticas e já possui Plano de Manejo. No último levantamento florístico, realizado para a revisão de seu Plano de Manejo, foram catalogadas 79 espécies, das quais 62 são nativas da Mata Atlântica. Já na fauna, são 48 espécies de aves e 3 espécies de mamíferos. A reserva é aberta para visitação dos moradores e convidados e está disponível para pesquisa científica.
“Sou gestora dessa beleza há seis anos, minha relação com ela é de jardim e jardineiro: acompanho o desenvolvimento de cada mudinha, entusiasmada com cada sementinha que germina, fico fascinada com as árvores grandes. É um prazer do tamanho do mundo poder fazer alguma coisa pela natureza”, conta Josina. Fonte: capital.sp.gov.br
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