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Projeto para enfrentar violência contra crianças e adolescentes

A Secretaria Municipal da Saúde assinou no dia 15 de abril um convênio com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP, para oficializar o projeto Laboratório de Violência, Vulnerabilidade e Saúde Humana: uma proposta para detectar, quantificar e reduzir os danos promovidos pela violência contra crianças e adolescentes em São Paulo.
O projeto, oficializado junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), terá duração de quatro anos e pretende contribuir com a melhoria, atualização e complementação de políticas como a Linha de Cuidado Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência (2015), o Plano Municipal pela Primeira Infância (2018-2030) e o Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (2023), em São Paulo.
O objetivo é reduzir a subnotificação da violência contra crianças e adolescentes por meio da detecção de casos suspeitos não reportados. “A nossa estimativa é de que cerca de 30,8% dos casos de violência contra esse público sejam notificados pelos serviços de saúde, ou seja, há um grande número deles registrados como ocorrências pontuais pelos serviços, mas ao analisar, por exemplo, o tipo de ocorrência e a quantidade de vezes que a criança é atendida em prontos-socorros e hospitais, tem-se o indício claro de que ela pode ser vítima de violência”, explica a coordenadora da Área Técnica de Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência da SMS, Cássia Liberato Muniz Ribeiro.
O projeto promoverá o linkage (ligação de dois ou mais bancos de dados independentes, porém com variáveis em comum) de bases de dados da saúde como Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam) e Sistema Integrado de Gestão de Assistência à Saúde (Siga), possibilitando a compreensão das trajetórias das vítimas e de fatores de risco, de agravamento e de morte por violência, além de indicar as possíveis fragilidades dos dados e aperfeiçoamento de processos para qualidade da informação.
Vale lembrar que todos os equipamentos de saúde da cidade de São Paulo contam com Núcleos de Prevenção à Violência (NPVs), responsáveis por reportar casos suspeitos ou confirmados e realizar os encaminhamentos necessários junto à rede de proteção, seja da criança e adolescente, da mulher ou do idoso. Fonte: capital.sp.gov.br

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