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Projeto de ‘motovia’ nas marginais Tietê e Pinheiros

A construção de vias exclusivas para motocicletas nas marginais Pinheiros e Tietê, uma ideia em estudo pela Prefeitura de São Paulo, prevê a construção de pontes só para motociclistas e um possível alargamento da pista. O plano, ainda preliminar, pode resultar em perda de vegetação nos canteiros ou uma diminuição do espaço para outros veículos.
Além da separação das motos nas duas marginais, a prefeitura quer construir uma ciclovia numa das margens do Tietê. A via para bicicletas iria até o Parque Ecológico do Tietê, na zona leste, e a ideia é que tenha rampas e pontes iguais às da “motovia”.
As “motovias” teriam mão dupla e seriam instaladas numa só margem. O acesso seria feito apenas por meio das pontes. As rampas de acesso, com uma faixa só para motos, poderiam ser feitas nos dois lados de cada viaduto que corta os rios.
Isso poderia significar a construção de até 24 estruturas só na marginal Pinheiros e de outras 34 na Tietê, sem contar as rampas e pontes com destino para a ciclovia.
Os esboços divulgados pela CET ainda carecem de detalhes. A companhia não sabe, por exemplo, como seria o acesso das motos à via segregada que ficaria colada à pista expressa da marginal, no lado oposto às rampas.
Para a construção de novos pavimentos, o secretário municipal de Mobilidade e Trânsito, Ricardo Teixeira, levantou duas hipóteses. Uma é a construção de pistas suspensas ao lado esquerdo da pista expressa. Ele deu como exemplo a estrutura da ciclovia Tim Maia, na zona sul do Rio de Janeiro, que ficou marcada por desabamentos em 2016 e 2019. Outra opção seria tirar espaço no asfalto que hoje é destinado aos carros, mas Teixeira diz que o plano é evitar essa hipótese. Porém qualquer decisão só virá com o aprofundamento dos estudos pela CET.
A prefeitura aposta na “motovia” como uma solução, aliada às motofaixas azuis, para diminuir o número de mortes de motociclistas na cidade. A gestão Nunes tem a meta de diminuir o número de mortos no trânsito de 6,5 para 4,5 mortes para cada 100 mil habitantes até o fim do ano que vem. Técnicos da CET trabalham há cerca de um mês no estudo das “motovias”. A ideia nasceu de uma visita técnica a órgãos de trânsito na Malásia, onde as motos representam 47% da frota de veículos.
“Eles tem túnel para moto, viaduto para moto, alça para moto, tudo separado dos carros: onde tem carros com motos eles têm acidentes como aqui, e onde já construíram as pistas segregadas o acidente é praticamente zero”, disse Teixeira sobre o país asiático.
Não há estimativa de prazo para a entrega do projeto nem de custos.
A ideia também dependeria de um convênio com o governo estadual, que tem jurisdição sobre as marginais, e da participação de órgãos como DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que têm estruturas ao longos dos rios canalizados.
Teixeira estima que seria possível dar início à obra até o final de 2024, caso a ideia não sofra percalços para aprovação.

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