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Professoras do CEI da Vila Ipojuca criam Projeto Caixola

Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento dos mais de 100 bebês e crianças matriculados no Centro de Educação Infantil (CEI) Jamir Dagir, localizado na rua Sepetiba, 678, Vila Ipojuca – Lapa, as educadoras da unidade criaram uma nova atividade para os pequenos. É o Projeto Caixola, que estimula a criatividade, interações e afetos mesmo durante as aulas remotas, devido à pandemia de Covid-19.
O programa teve início em 2020, quando, devido ao distanciamento social, as professoras passaram a utilizar o blog da escola para se comunicar e compartilhar vídeos e atividades para os alunos. No entanto, havia a preocupação em não expô-los às telas durante períodos longos e ainda propiciar momentos qualificados entre eles e seus familiares. Foi quando começaram a refletir sobre novas possibilidades.
As mestras contam que a inspiração para a caixa surgiu durante uma conversa virtual com as famílias. Na ocasião, uma das mães explicou que havia desenvolvido um projeto em seu trabalho, em uma instituição social. A partir daí, elas buscaram outras referências: pensaram coletivamente nas reuniões; consultaram os pais das crianças nos encontros on-line do Conselho de Escola e enviaram um questionário para que os responsáveis descrevessem as necessidades e expectativas em relação ao conteúdo das caixas. A ideia era que dessem sugestões de materiais que facilitassem a interação com os pequenos enquanto o CEI estivesse fechado.
Com a aprovação da comunidade escolar e as respostas das famílias, as docentes passaram a se organizar para montar a “Caixola”. Elas contam que o processo de concepção, captação de materiais e confecção durou dois meses. Todos os profissionais e responsáveis tiveram a possibilidade de ajudar. Alguns fizeram trabalhos manuais, outros doaram recicláveis para compor o que se transformaria em um grande presente para cada aluno.
A Caixola – A professora da unidade, Maria Cristina Camargo, ressalta que a Caixola foi pensada a partir de quatro princípios norteadores: o olhar para as brincadeiras na infância como direito básico e essencial para o desenvolvimento humano; o cuidar dos bebês, crianças e suas famílias, fortalecendo os vínculos entre eles e a escola; o encantar por meio de materiais de qualidade e beleza que estimulam o protagonismo e a autonomia dos alunos e, por fim, a inspiração para estimular novas ideias e ações focadas nas infâncias.
Assim, foram organizados 6 kits de materiais contendo:
1-Elementos da natureza: Composto por gravetos, folhas, pedras, sementes e ervas. O objetivo do kit é estimular os cinco sentidos a partir de atividades como escalda pés, degustação de chás, percepção das formas e texturas dos elementos naturais;
2- Materiais não estruturados: Embalagens de recicláveis, tampas de garrafa, retalhos de tecido, potes de sorvete e bobinas de papel higiênico, entre outros. Esses materiais aguçam a criatividade ao explorar as diversas possibilidades de uso;
3- Marcas e produtos gráficos: Itens para desenho, pintura e colagem como giz de cera, de lousa, carvão, guache, urucum e diferentes tipos de suportes para pintura. Algumas folhas traziam sugestões para possíveis atividades de observação e também interferências que poderiam contribuir para os registros infantis;
4- Brinquedos para imaginar: Composto por dedoches, garrafas sensoriais, elementos para teatro de sombra e um potinho da calma;
5- Jogos: Um carômetro e jogo da memória feitos com cartinhas com fotos dos bebês e crianças de cada turma, para estimular o afeto e a lembrança dos amigos da escola;
6- Músicas: Seleção de canções compostas por referências do universo infantil como Palavra Cantada e Tiquequê, além de outros artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Arnaldo Antunes. Um código de barras foi anexado à caixa para os responsáveis terem acesso à playlist a partir de um smartphone.
O desenvolvimento da caixa surgiu da preocupação das educadoras em propiciar experiências, aprendizagens e interações para os pequenos.
“A gente usa as mídias digitais para a comunicação com as famílias e alunos, mas queremos que elas não fiquem tão expostas às telas. A caixola foi uma alternativa e um refúgio para este momento”, ressalta Luciana Fukui.
“A concretização desse trabalho é a marca que desejamos deixar para que nossos pequenos acreditem em dias melhores”, conclui a professora.
Outras ações – No início deste ano, as educadoras propuseram uma roda de apresentação virtual para suas turmas. Solicitaram que as famílias enviassem uma foto acompanhada com uma pequena apresentação das crianças e criaram um arquivo no qual é possível conhecer os rostos de cada uma delas e de suas respectivas docentes, além de saber os gostos pessoais como alimentos, brincadeiras e passatempos preferidos.            Fonte: capital.sp.gov.br

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