O sangue é um recurso escasso, para o qual não existe um substituto. Por outro lado, como apenas uma pequena parcela da população brasileira doa sangue, os hemocentros enfrentam grande dificuldade para manter suas reservas em níveis seguros.
A utilização racional desse insumo também tem se colocado como um grande desafio às instituições de saúde, de forma a garantir o amplo atendimento dos pacientes em tratamento. Nesse sentido, o gerenciamento e otimização de hemocomponentes se torna cada vez mais condição necessária para o exercício da medicina transfusional.
Como resposta a esse cenário de desafios, a Pró-Sangue está lançando o manual “Gerenciamento do Sangue do Paciente” (em inglês, “Patient Blood Management – PBM”), dividindo sua experiência acumulada no assunto. O título tem autoria da médica da Fundação, Dra. Silvana Biagini, com revisão técnica do Dr. Alfredo Mendrone Junior, diretor técnico-científico da instituição.
O trabalho faz uma exposição do PBM, um assunto que está ganhando espaço na literatura médica. O conceito é uma abordagem multidisciplinar e sistematizada de gerenciamento do sangue do paciente, baseada em evidências, que busca minimizar as perdas sanguíneas, otimizar a hematopoese, maximizar a tolerância à anemia e evitar transfusões desnecessárias.
O PBM foi endossado em 2010 pela Assembleia Mundial da Saúde, por meio da resolução WHA 63.12, tendo sido recomendado como padrão de atendimento pela Comissão Europeia em 2017. No recente Quadro de Ação da OMS para promover o acesso universal a hemocomponentes seguros, eficazes e de qualidade garantida em 2020-2023, a implementação efetiva do PBM está listada como 1 dos 6 objetivos.
Para quem tiver interesse, o manual já está disponível para consulta no site da Pró-Sangue
(http://www.prosangue.sp.gov.br/artigos/pesquisa_cientifica.html).
Fonte: saopaulo.sp.gov.br
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