Praça ou Parque Pôr do Sol?

A Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiros, mais conhecida como Praça Pôr do Sol, no Alto de Pinheiros, um dos principais espaços ao ar livre da zona oeste de São Paulo, continua sua disputa “via crucis” entre moradores/vizinhos do seu entorno. Parte deles e urbanistas protestam contra a instalação das cercas e a restrição de horário, por impedirem o acesso da população a um lugar público. Já a outra parte, mais algumas associações defendem que o local seja transformado em parque, para assim receber mais investimentos.
Desde que começaram as primeiras restrições por conta da Covid-19, a prefeitura instalou tapumes de metal e, posteriormente, grades de proteção durante toda sua extensão. E assim foi por 15 meses, ninguém podia entrar ali para evitar aglomerações durante a pandemia. Depois da flexibilização, a Subprefeitura de Pinheiros autorizou a reabertura, mas desde então, os portões tem horário para serem abertos e fechados, das 6h às 20h.
Vale lembrar que, mesmo antes de ser isolada, a Praça Pôr do Sol já era alvo de reclamações, como barulho alto por causa de festas durante a madrugada, presença de ambulantes irregulares vendendo bebidas alcoólicas, uso de drogas e lixos espalhados pelo local, principalmente aos finais de semana.
Fato é que, seja Praça aberta ou cercada ou seja Parque, o espaço precisa de melhorias, mas principalmente definir quem vai administrar o local? Se a Subpreitura de Pinheiros no casa de Praça, ou a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, caso vire Parque.
Atualmente, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital tem um inquérito que investiga o cercamento do espaço. A principal crítica às cercas é a de que o espaço estaria sendo preparado para virar um parque, sem ter discutido com a população.
Já a Prefeitura de São Paulo disse que o futuro do espaço envolve toda a sociedade e é acompanhada pela Subprefeitura de Pinheiros.