O Governo de São Paulo iniciou nesta terça-feira, 22 de abril, o reassentamento de famílias da Favela do Moinho, localizada na região central da capital. A operação marca o início das mudanças de moradores para novas moradias, como parte de uma iniciativa construída ao longo do último ano, com o objetivo de oferecer melhores condições de vida a essa população. Neste primeiro dia, 10 famílias foram transferidas.
A Favela do Moinho está situada entre linhas de trem e enfrenta alto grau de vulnerabilidade em uma área murada com apenas uma entrada e saída, dificultando a evacuação em emergências. A alta densidade habitacional, fiação exposta e o nível da ferrovia igual ao das moradias aumentam os riscos – sobretudo para crianças. Em uma década, dois incêndios de grandes proporções deixaram mortos e centenas de desabrigados na Favela do Moinho.
O plano de reassentamento foi elaborado com base em diálogo transparente com os moradores. Ao todo, foram realizadas 13 reuniões em grupo com participação da comunidade, Defensoria Pública, Prefeitura, advogados indicados pelos moradores, lideranças dos movimentos e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Mais de 2 mil atendimentos individuais foram realizados, com apoio de um escritório da CDHU instalado a apenas 500 metros da comunidade.
O processo de mudança já conta com a adesão voluntária de 87% das famílias da favela. Das 821 famílias que vivem na área, 719 iniciaram o processo de adesão, sendo que 558 já estão habilitadas para receber as chaves das novas moradias. Até agora, 496 famílias escolheram seus imóveis e também iniciaram o processo para recebimento do auxílio moradia.
Mais de 1,5 mil unidades habitacionais foram disponibilizadas para o reassentamento. A maioria – mais de mil – está localizada no centro da cidade, em bairros como Brás, Vila Buarque, Campos Elíseos e Barra Funda. As demais unidades estão em regiões como Jaraguá, Vila Matilde, Chácara Califórnia, Ipiranga e Cachoeirinha. A escolha do imóvel é feita por cada família, respeitando suas preferências e vínculos com a região.
Fonte: saopaulo.sp.gov.br