O Museu da Língua Portuguesa funcionará normalmente nos feriados da Proclamação da República, 15 de novembro (sexta-feira), e do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro (quarta-feira). Assim, é uma ótima opção de passeio para quem estiver na capital paulista nesses dias. Localizado no histórico prédio da Estação da Luz, o Museu é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. O público terá a oportunidade de visitar a exposição principal do Museu e as duas mostras temporárias atualmente em cartaz. Além disso, poderá realizar visitas mediadas pelo prédio da Estação da Luz, passando por lugares que, no dia a dia, não tem acesso.
A exposição principal apresenta a diversidade da língua portuguesa falada no Brasil e em outras partes do mundo por meio de experiências lúdicas e interativas. Na experiência Línguas do Mundo, por exemplo, o visitante consegue ouvir 23 das cerca de 7.000 línguas existentes – alemão, iídiche, japonês e húngaro são algumas das línguas representadas na instalação. Há ainda a experiência Laços de Família, que revela a árvore genealógica da língua portuguesa. Você já se questionou por que entendemos algumas palavras em espanhol, galego e até romeno? Esta experiência poderá te ajudar a encontrar a resposta.
Exposta no primeiro andar do Museu, a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil destaca as línguas de África, como iorubá e fon, presentes no português falado pelos brasileiros. Para isso, o curador do projeto, o músico e filósofo Tiganá Santana, utiliza grandes estruturas ovais de madeira onde estão impressas palavras como minhoca, caçula e fofoca. Um dos destaques é uma sala interativa na qual o público é surpreendido ao dizer em voz alta termos como axé, exu e acarajé. A exposição explora as heranças dos povos africanos no Brasil, que, inclusive, foi o tema da redação do Enem deste ano.
No Pátio B, o público pode prestigiar a mostra temporária Vidas em Cordel, correalizada pelo Museu da Pessoa. Nesta iniciativa, 21 histórias de pessoas comuns e famosas são transformadas em literatura de cordel. Entre elas, há três de pessoas que residiram no território da Luz, onde o Museu está localizado: do advogado Idibal Pivetta, do rapper Kawex e de Cleone dos Santos, uma das fundadoras do coletivo Mulheres da Luz. A curadoria é do poeta e cordelista Jonas Samaúma, do cordelista e pesquisador do folclore brasileiro Marco Haurélio, e da xilogravadora Lucélia Borges.
Os ingressos para visitar a exposição principal e a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil custam R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), sendo gratuitos aos sábados e domingos. Já a entrada da mostra Vidas em Cordel é grátis todos os dias.
Outra dica é aproveitar a vinda ao Museu para realizar visitas mediadas pelo prédio da Estação da Luz com o Núcleo Educativo. Por conta do feriado, serão três horários para este passeio (11h, 12h e 15h) na sexta-feira, dia 15, assim como no sábado e domingo. Os grupos são formados no Pátio A, por ordem de chegada, e passam por diferentes espaços do histórico edifício. Ao longo de cerca de 1 hora, o público percorre locais que, no dia a dia, não tem acesso, como a ala histórica e o mezanino da Estação.
Quem quiser realizar uma visita mediada pela exposição principal com o Núcleo Educativo deve comparecer no Pátio A, perto da bilheteria, às 10h e às 13h, no sábado e domingo. Devido ao feriado de 15 de novembro, esse passeio também acontecerá na sexta, nos mesmos horários.
Museu da Lingua Portuguesa: Praça da Luz, s/nº – Centro Histórico de São Paulo
Fonte: museudalinguaportuguesa.org.br