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Memória preservada

Pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos indicou a reversão do Alzheimer de 9 entre 10 pacientes

Talvez você tenha sempre ouvido falar no Alzheimer como uma doença neurodegenerativa progressiva e sem cura, que provoca o declínio das funções cognitivas e compromete bastante a vida social de seus portadores.  Uma realidade que atinge 1,2 milhão de brasileiros e que faz outras 100 mil vítimas anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Este cenário delicado, entretanto, pode não estar com os dias contados, porém há boas notícias para quem convive com este drama, seja o portador ou seus familiares. Pesquisa realizada e publicada em 2009 por um grupo de elite de pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA), liderado pelo dr. Dale Bredesen, conseguiu reverter o Alzheimer de 9 entre 10 pacientes.
Esse estudo tem sido compartilhado e vem ao encontro do que pensa Nelson Annunciato, doutor em Ciência pela USP e Universidade Médica de Lübeck, na Alemanha, e pós-doutor em Reabilitação Neurológica pela Universidade de Munique.

Alimentação suplementar
O estudo, segundo Annunciato, aposta na suplementação como um dos fatores para proteção e manutenção da memória, a partir de alimentos como o óleo de coco, rico em Triglicérides de Cadeia Média (TCM), que aumenta a estabilidade da membrana do neurônio e evita de forma substancial os declínios cognitivos.
Desde 2014, o protocolo de Bredesen vem sendo usado por muitos especialistas e os resultados mostram que 70% dos pacientes mostraram regressão. “O sucesso do tratamento está intimamente relacionado ao estágio da doença”, diz Annunciato.
Annunciato usou o protocolo defendido pelo grupo da Universidade da Califórnia em sua própria mãe. Em 2014, ela apresentava declínio cognitivo acentuado com sinais de depressão. “A suplementação auxiliou para que suas células ganhassem vida e gradualmente ela parou de tomar remédios. Hoje, aos 96 anos, ela teve um ganho de memória e certamente adquiriu uma melhor qualidade de vida”, diz.
O especialista alerta, no entanto, que outros fatores são fundamentais para a regressão do Alzheimer, como a mudança dos hábitos alimentares, administração do estresse, realização de atividades físicas e boas noites de sono. Ele destaca ainda a adoção de uma alimentação cetogênica, rica em gorduras boas, proteína adequada e baixo teor de carboidrato, que melhora a função mental dos pacientes. “As boas gorduras funcionam como alimento para o cérebro e são fontes de energia mais eficazes que a própria glicose”, afirma.
Annunciato admite que a maioria dos profissionais da medicina convencional não adere ao protocolo, não está aberta às novas informações e usa de uma frase atribuída a Albert Einstein para definir essa rejeição. “Insanidade é fazer as mesmas coisas, do mesmo jeito, e esperar resultados diferentes.”
Annunciato também utiliza a seguinte metáfora para o tratamento do Mal. “Para vencer um polvo marinho, precisamos cortar todos os seus tentáculos. Assim, para vencer o Alzheimer, precisamos atentar para vários fatores! Não podemos esperar que uma pílula mágica venha sanar todos os problemas ”, esclarece.

Entenda mais sobre o Alzheimer
Na fase inicial da doença, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode se lembrar de acontecimentos mais antigos, mas se esquecer do que acabou de fazer. Com o decorrer do tempo, tem afetada sua capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem e sua dependência aumenta consideravelmente, tendo dificuldades para cumprir atividades básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.
Alguns sintomas que podem ajudar na identificação do Alzheimer são: não saber a hora ou o dia da semana, ter dificuldade para tomar decisões, apresentar desmotivação, mudança de humor, depressão ou ansiedade, reagir com raiva ou de maneira agressiva em determinadas ocasiões, entre outros.
Ao contrário do que muitos pensam, o Mal de Alzheimer não acomete somente os mais velhos (apesar de afetar de maneira mais preponderante aqueles que estão com mais de 65 anos). Há casos de pessoas que o desenvolvem quando estão entre 40 e 50 anos. Por ser uma doença silenciosa, metade das pessoas não trata adequadamente o problema que pode ser causado por fatores genéticos, de estilo de vida e ambientais que afetam o cérebro no decorrer da vida, mas especialistas afirmam que as causas ainda não são bem compreendidas.

Fontes: www.minhavida.com.br e www.abraz.org.br

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