Muitas doenças causadas por parasitas, vírus e bactérias podem ser evitadas com cuidados de higiene. As doenças diarreicas agudas (DDA), por exemplo, são quadros caracterizados pela diarréia provocada por microrganismos a partir do consumo de água e alimentos contaminados, além da falta de hábitos de higiene pessoal, como lavar as mãos.
A diarréia afeta principalmente crianças menores de cinco anos, fase em que o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Dependendo do agente causador da doença e de características individuais dos pacientes, as complicações causam desidratação e agravam o quadro.
Atenção aos sinais nas crianças – Os pais devem ficar atentos a qualquer alteração nas fezes das crianças. A diarréia aguda dura até 14 dias, com no mínimo três episódios de evacuação em 24 horas, quadro que pode ser acompanhado de náusea, vômito, febre e dor abdominal. Em alguns casos, há presença de muco e sangue.
Se a criança apresentar sintomas como olhos fundos, ausência de lágrimas ao chorar, boca e língua secas, muita sede, diminuição na quantidade de urina e afundamento da moleira, pode ser um quadro associado à desidratação. A recomendação é procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para atendimento médico.
Riscos ao longo do ano – No verão, o aumento de casos de diarréia ocorre por vários fatores, entre eles as altas temperaturas que contribuem para deterioração de alimentos, a ocorrência de chuvas e enchentes com exposição da população à água contaminada e as gastroenterites virais, em especial causadas pelo norovírus.
Durante e após o inverno, é predominante a circulação de vírus entéricos (presentes no trato gastrointestinal, como norovírus e rotavírus), causando surtos de gastroenterite aguda (irritação e inflamação do trato gastrointestinal), principalmente entre crianças e idosos, e em locais fechados como creches, escolas, instituições de longa permanência para idosos e equipamentos de saúde.
Vacinação infantil – O quadro de diarréia aguda provocado pelo rotavírus e seu agravamento podem ser evitados por meio de vacina. Na capital, o imunizante está disponível nas 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Os bebês recebem duas doses por via oral, sendo a primeira aos dois meses e segunda aos quatro meses. Deve-se estar atento para não atrasar a primeira e nem a segunda dose, pois esta é a única vacina do calendário que tem prazo máximo para ser feita. Do contrário, a criança ficará desprotegida.
Para vacinar os pequenos, os pais/responsáveis devem comparecer à UBS mais próxima e apresentar documento de identificação do menor, além da carteira de vacinação para completar ou atualizar o esquema de imunização.
Outros cuidados – Como medida de prevenção, o Ministério da Saúde orienta os seguintes cuidados para prevenir diarréia e outras doenças:
Amamentar o recém-nascido no mínimo até os seis meses de vida, uma vez que o leite materno tem bactérias que protegem a flora intestinal;Beber somente água tratada, filtrada ou fervida; Não tomar banho em rio, açude ou piscina contaminada; Lavar as mãos com água e sabão antes de preparar os alimentos, antes de amamentar, após a troca de fraldas de crianças ou após tossir, espirrar, assoar o nariz, ou usar o banheiro; Proteger os alimentos de moscas, baratas e ratos;Lavar cuidadosamente as verduras e frutas; Evitar o consumo de alimentos mal cozidos (principalmente carnes e pescados); Após o preparo da refeição, manter os alimentos quentes bem quentes e os frios bem frios. Fonte: capital.sp.gov.br
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