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Litoral norte de São Paulo, tragédia anunciada

Entre sábado e domingo, a região de São Sebastião registrou 683 mm de chuva em apenas 15 horas, valor muito acima da média mensal prevista para o mês inteiro de fevereiro, que é de 303 mm. A tragédia deste final de semana que devastou o litoral norte de São Paulo, com mortos, feridos, desabrigados e um incomensurável rastro de destruição, entrou para a história com o maior registro de volume de chuvas do Brasil.
Porém, não é o primeiro desastre volumoso que marca a região. Em 18 de março de 1967, ou seja, há 56 anos atrás, moradores de Caraguatatuba viviam outra catástrofe histórica. Parte da Serra do Mar deslizou sobre a cidade, deixando 450 mortos e 3 mil desaparecidos, segundo registros oficiais. Na época, a cidade tinha aproximadamente 15 mil habitantes. Para se ter uma idéia, os medidores daquela época registravam até 400 mm e transbordaram, não sendo possível precisar o quanto caiu de água. Fato é que, o deslizamento em Caraguatatuba em 1967 está entre os maiores desastres naturais do país, e foi uma das razões da criação da Defesa Civil no Estado.
Após a catástrofe do último fim de semana, mais uma vez a cidade de Caraguatatuba se encontra em estado de calamidade, inclusive decretado pelo governador Tarcísio de Freitas, juntamente com Ilhabela, Ubatuba, Guarujá, Bertioga e São Sebastião, sendo as duas últimas onde se concentram os maiores estragos.
Além do trabalho de resgate, equipes atuam para desobstruir o acesso por terra. Veja a situação das estradas na região:
• Rio-Santos: o trecho até a Barra do Sahy está liberado. Entre os pontos interditados, há um ponto bloqueado totalmente na Praia Preta e outros nove com bloqueios parciais por causa de deslizamento de terra, entre eles, o trecho de Maresias.
• Mogi Bertioga: segue completamente bloqueada, com previsão de ao menos dois meses para liberação.
• Rodovia dos Tamoios (SP-99): principal rota alternativa entre o litoral norte de SP e São Paulo , está liberada.
Em tempo, o outro lado triste da notícia, não bastasse toda essa tragédia, é ver entre tantas boas ações e solidárias, pessoas inescrupulosas se aproveitando da situação, com por exemplo de mercados da região abastecidos, mas que depois da tragédia, moradores relatam que encontraram um litro de água sendo vendido por R$ 40, uma falta de respeito, de amor ao próximo, de cidadania, enfim, um absurdo. Mas Deus é maior, assim como a solidariedade da grande maioria. Portanto, quem puder ajudar, ajude sim!

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