Espécie de “virada cultural da literatura”, a quarta edição do Festival Mário de Andrade será realizada pela Prefeitura de São Paulo nos dias 15, 16 e 17 de novembro, de sexta a domingo, celebrando os 100 anos do primeiro “Manifesto Surrealista” de André Breton. É o Manifesto Surrealista que norteia toda a programação, composta por uma feira de livros, mesas de debate, rodas de conversa, espetáculos teatrais, shows e exposições, somando mais de 100 atrações inteiramente gratuitas.
O festival será realizado na Biblioteca Mário de Andrade, maior biblioteca pública do Estado de São Paulo e a segunda maior do país.
Evento mais importante da instituição, o festival vem crescendo ano a ano. Em 2023 reuniu mais de 35 mil pessoas no Centro da cidade, consagrando-se como uma espécie de virada cultural da literatura, sempre entrelaçada a outras manifestações artísticas.
Neste ano, o evento pretende jogar luz sobre a participação das mulheres no surrealismo e também explorar os desdobramentos do movimento no Brasil. Para isso, logo na mesa de abertura, a poeta Leila Ferraz, participante ativa do movimento surrealista em São Paulo, protagoniza um debate ao lado da poeta e pesquisadora Maria Lúcia Dal Farra, uma das referências no campo.
O surrealismo inspira o mobiliário desenvolvido para o evento e a cenografia – que colhe referências nas obras de Tarsila do Amaral e Leonora Carrington -, o novo número do Suplemento Pauliceia, publicação da Biblioteca dedicada a textos literários que será lançada e distribuída durante o Festival.
O IV Festival Mário de Andrade contará mais uma vez com a presença de nomes de peso da cultura nacional, a serem divulgados em breve. Nas últimas edições o público assistiu a shows inesquecíveis de Tom Zé, Marina Lima e Letrux, além de bate-papos antológicos com Geovani Martins, Dudu Bertholini, Ferréz, Davi Kopenawa, entre tantos outros.
Diferentemente do que aconteceu nos anos anteriores, a feira de livros desta edição inova ao privilegiar as editoras pequenas e independentes, que não costumam ter condições de participar de eventos mais comerciais, mesmo com projetos editoriais de excelência.
Os expositores serão distribuídos pela Praça Dom José Gaspar e pela Avenida São Luís, que ficará interditada no sábado e no domingo durante todo o festival, permitindo a livre circulação do público pela região. Além da venda de livros, esses espaços também recebem uma programação paralela de bate-papos e sessões de autógrafos, a cargo das editoras.
A valorização do Centro da cidade, com toda a sua riqueza e diversidade arquitetônica, artística e humana, é uma das motivações permanentes do Festival, que ocupa diversos espaços dos prédios sede e anexo da Biblioteca, da Praça das Artes e da Praça Dom José Gaspar.
Fonte: capital.sp.gov.br