A Polícia Militar de São Paulo implementou uma ferramenta inovadora de inteligência artificial (IA) para agilizar os atendimentos em chamados do 190. O objetivo da iniciativa é liberar os policiais para atender ocorrências de maior gravidade, enquanto o assistente virtual orienta as vítimas de demandas relacionadas a perturbação de sossego, que representa cerca de 25% de todas as ligações que o 190 recebe atualmente.
O projeto ainda é piloto e atende, inicialmente, a capital e a região metropolitana de São Paulo. Desde abril, o “Mike”, nome dado à inteligência artificial do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), realizou cerca de 186 mil atendimentos, sendo que já atendeu quase 200 ligações de forma simultânea.
Ao direcionar as demandas de perturbação de sossego para a IA, os atendentes ficam livres para o dar suporte necessário nas ocorrências que envolvem risco à vida ou a integridade física das pessoas. O fato do atendimento ser realizado por um robô não prejudica a eficácia da prestação do serviço.
Como funciona o atendimento?
O atendente do 190 recebe a ligação e, ao identificar que se trata de uma demanda de perturbação de sossego, transfere o chamado para o assistente virtual. O “Mike” realiza as perguntas de praxe para identificar o endereço da vítima, o motivo da ligação e o resumo da ocorrência.
As respostas são registradas no Sistema de Informações Operacionais da PM (Siopm) e gera uma ocorrência, da mesma forma que um atendente humano faria, entrando na fila de ocorrências para despacho para as viaturas.
Fonte: saopaulo.sp.gov.br