Na última quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, o Governador João Doria, ao lado do Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e do Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, iniciou os testes com dois barcos coletores de resíduos flutuantes, conhecidos como Ecoboats. As embarcações vão operar por 30 dias em fase experimental, sem custos para a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), ligada à secretaria, nas proximidades da Usina de Traição, perto da ponte Ary Torres, no rio Pinheiros da capital paulista.
“Quero reafirmar o compromisso do Estado de São Paulo, igualmente o compromisso da Prefeitura de São Paulo, na despoluição do Rio Pinheiros. Nosso projeto de despoluição completa do Rio Pinheiros estará concluído até dezembro 2022, trata-se de um projeto de quatro anos. O programa já começou. Uma parte dos recursos é do orçamento do Estado, e outra parte virá de recursos privados, a partir da concessão de algumas áreas para a exploração do transporte turístico de passageiros aqui no Pinheiros”, explicou Doria.
Durante os 30 dias em que os ecoboats estiverem no rio Pinheiros, duas esculturas, uma em formato de peixe e outra de capivara, feitas de sucata e preenchidas com materiais retidos nas ecobarreiras do rio Pinheiros, serão expostas para lembrar à população sobre o descarte correto de resíduos e de que alguns materiais levam dezenas de anos para se decompor. As ecobarreiras foram implantadas pela EMAE, em parceria com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e têm a função de reter materiais flutuantes. De março até o momento foram recolhidas 133 toneladas de detritos.
A ação faz parte de uma série de atividades que a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, por meio da EMAE, Sabesp, Cetesb, DAEE e institutos, vai realizar até 7 de junho, na “Semana Nosso Ambiente”, visando sensibilizar a população quanto à importância da preservação ambiental.
Usina Traição – Durante o evento, Doria também anunciou a concessão da Usina Traição, localizada no rio Pinheiros, à iniciativa privada para que o local seja transformado em área de lazer e entretenimento.
“O projeto será apresentado ano que vem, e em 2021 já será privado. A usina continuará a funcionar, mas todos os demais espaços serão transformados em espaços públicos de lazer, para entretenimento, com cafés, restaurantes, tudo isso acompanhando o processo de despoluição do rio Pinheiros. A dimensão desse espaço e sua localização poderá transformar essa usina, que deixará de se chamar Traição para ser usina São Paulo, num Puerto Madero paulistano”, afirmou o Governador.
Ecobarcos – O barco foi planejado exclusivamente para auxiliar na coleta de resíduos sólidos flutuantes. Com uma largura de 2,80 metros por 7 de comprimento, altura de 2,75 metros e pesando 4 toneladas, o barco vai realizar testes diários até do dia 3 de julho próximo. Caso a tecnologia seja aprovada, a Emae vai avaliar a aquisição dos barcos no âmbito do projeto Novo Rio Pinheiros. Além dessa tecnologia, a empresa realizará também testes com outras embarcações de recolhimento de lixo superficial. A embarcação foi desenvolvida pela empresa nacional Ecoboat Soluções Ambientais.
Coleta de resíduos – De janeiro a abril deste ano, a EMAE retirou mais de 1,6 mil toneladas de resíduos retidos nas usinas de Pedreira e Traição, localizadas no rio Pinheiros, a um custo de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Já no rio Tietê, no mesmo período, foram recolhidas 580 toneladas de lixo nas usinas de Rasgão, Porto Góes e PCH Pirapora, com um custo de R$ 400 mil.
Desassoreamento – No próximo dia 13 de junho, ocorrerá a sessão pública do processo licitatório para a prestação de serviço de desassoreamento do rio Pinheiros. A previsão é que, em até 12 meses, sejam desassoreados 500 mil metros cúbicos. Esse material será levado para a cava de Carapicuíba.
No dia 14 de junho ocorrerá a sessão pública do processo licitatório para a prestação de serviço de desaterro dos “bota-fora”, que possibilita o aumento da produtividade de desassoreamento, através do sistema de dragagem de sucção. Em doze meses, deverão ser desaterrados cerca de 700 mil metros cúbicos.
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