Até o dia 15 de março, crianças e adolescentes entre oito e 15 anos podem se inscrever para a Seleção 2018 do Coral Astropontes. Trata-se de uma iniciativa gratuita da Fundação Astronauta Marcos Pontes, localizada na região do Butantã.
Os candidatos devem ter comprometimento, responsabilidade e proficiência em leitura. A audição está prevista para o sábado, dia 17 de março. Já os aprovados ensaiarão também aos sábados, pela manhã. O coral poderá participar de concertos e festivais em todo o Brasil. As inscrições devem ser feitas no site www.astropontes.org.br e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3739-0129.
O coral é apenas uma das ações da fundação, considerada por Marcos Pontes como a sua “menina dos olhos”, por permitir a promoção da educação em diversas frentes: o “Inspirando Gerações”, por exemplo, leva atividades de ciência e tecnologia para escolas e organizações diversas. Já “Gestão para a Educação” tem como objetivo melhorar a educação básica e profissionalizante e em “Pesquisa e Desenvolvimento Sustentável”, a proposta é estimular a inovação e contribuir para um futuro melhor à humanidade.
Sobre Marcos Pontes
Astronauta, palestrante motivacional, coach de desenvolvimento pessoal e profissional, embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento industrial, escritor, professor, pesquisador e empresário. Este currículo extenso e exemplar é de Marcos Pontes, o primeiro brasileiro a representar o País em programa espacial da NASA.
Para entender essa trajetória, é preciso voltar à infância pobre de Pontes em Bauru, quando já sonhava em ser piloto e ganhar o espaço, mesmo com muitos críticos de plantão. “Eles diziam que não chegaria a lugar nenhum, pois aquilo era para famílias ricas”, afirma Pontes, filho de “seu Virgílio”, servente de serviços do Instituto Brasileiro de Café e “dona Zuleika”, escriturária da Rede Ferroviária Federal.
Aliás, foi a mãe que lhe disse algo que levou para o resto de sua vida: “não existem coisas impossíveis.” Então, Pontes foi dando seus passos e estabelecendo as próximas etapas necessárias para buscar o seu sonho. Semanalmente ia ao Aeroclube da cidade para sentir a esfera da aviação, fez cursos de Elétrica no Senai e de Eletrônica no Liceu. Como aprendiz de eletricista na Rede Ferroviária Federal, conseguiu dinheiro para ajudar no orçamento de casa e, nas horas vagas, estudava para o concurso da Academia da Força Aérea (AFA), no qual passou em segundo lugar em todo o Brasil.
Fez quatro anos de curso como cadete aviador, tornou-se depois um aviador de caça, se formou como engenheiro aeronáutico no ITA e foi galgando posições de destaque no setor até que, em 1998, foi o brasileiro selecionado para programa especial da NASA. Foi ao espaço em 2006 e, até hoje, é funcionário da agência norte-americana, trabalhando na integração de sistemas e interface humana. “Estou sempre buscando novos desafios e querendo aprender”, encerra.