O que é saúde mental?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de saúde mental contempla um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos e é capaz de contribuir para sua comunidade.
Por que falar sobre saúde mental materna?
Apesar do forte estigma social em torno de temas ligados à saúde mental, há um alarmante aumento dos casos de depressão, ansiedade e, infelizmente, suicídio entre as mães.
Pouca ou nenhuma atenção tem sido dada aos fatores que contribuem para o sofrimento mental das mulheres diante das crescentes demandas da maternidade. Isso leva as mulheres a vivenciar esse papel imersas em um elevado nível de exigência, sentimentos de autorreprovação, insuficiência e culpa.
A forma como se legitimam visões distorcidas sobre o papel materno reforça a crença em um modo único e soberano de exercer a maternidade, e isso impacta a saúde mental, gerando dor e sofrimento.
Muitas mulheres vivenciam estados de sofrimento no período da gestação, do parto e do puerpério sem que possam ser ouvidas e legitimadas, quanto menos receber tratamento adequado. Esse cenário compromete a experiência do período perinatal, a vinculação afetiva da família e o desenvolvimento humano. Falar sobre a saúde mental materna é fundamental, pois esta é frequentemente reduzida às necessidades do bebê ou às variações hormonais.
O período perinatal, que abrange a gestação ao pósparto, é uma fase de vulnerabilidade ao adoecimento mental e necessita de atenção e cuidados específicos, uma vez que pode agravar condições prévias, como ansiedade, transtorno bipolar, entre outros. Trata-se de uma importante janela para discussões sobre prevenção.
Além disso, mulheres são acometidas por depressão duas vezes mais que os homens. E adoecem em maior grau nas situações de desigualdade social. A biologia por si só não explica esse fenômeno, portanto é preciso contextualizar todo o impacto que ser mulher e ser mãe pode gerar na vida psíquica das diferentes mães e inúmeras mulheres que temos em nosso país.
Maio Furta-Cor é uma campanha sem fins lucrativos, democrática e apartidária que visa sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna. Propõe-se a realizar ações de conscientização ao longo de todo o mês de maio, época em que celebramos nacionalmente o mês das mães. Furta-cor é a cor da maternidade, cuja tonalidade se altera conforme a luz que recebe. A maternidade tem cores: preta, branca, amarela, indígena. As cores da maternidade não se anulam, não são iguais nem formam uma cor só. Suas cores são suas diferenças na igualdade do direito de ser mãe. Maternidade precisa de luz, apoio e cuidado. Para existir, requer o olhar engajado de todos. Sem manuais, sem regulamentos. Levantar a bandeira de uma maternidade furtacor, livre de tabus e silenciamentos, é promover saúde mental. Convidamos você a fazer parte da onda furta-cor! Só é possível mudar o mundo cuidando de quem cuida de todo o mundo. Se importe com a mãe. Assuma essa causa. www.maiofurtacor.com @maiofurtacor
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