A partir desta sexta-feira, dia 15 de julho, tem início a nova exposição 22 em Campo, com o desafio: como um movimento cultural, o Modernismo, que buscava a valorização de uma cultura cotidiana brasileira pode se ligar ao esporte, o Futebol, que também veio de fora e rapidamente se tornou popular em todas as classes sociais?
Os modernistas e a bola: na abertura da Semana de 22, o escritor Menotti Del Pichia cita o jogador Friedenreich em seu discurso. Mário de Andrade dedicou um poema à primeira grande estrela do futebol brasileiro e, enquanto Oswald de Andrade escreveu alguns versos sobre futebol, a pintora Tarsila do Amaral registrou numa crônica sua experiência como torcedora em um Brasil x Argentina, no Parque Antártica. A exposição reflete sobre as relações entre o jogador Garrincha (1933-1983) e o personagem Macunaíma, criado por Mário de Andrade, inspirado em uma entidade indígena. Conhecido como o “anjo das pernas tortas”, Garrincha era descendente do povo Fulni-ô, de Alagoas e Pernambuco, e encantou o mundo com os dribles desconcertantes e o jeito alegre de jogar – uma mistura ambígua de malícia e inocência que também está presente em Macunaíma.
Ao fim da mostra, os visitantes terão elementos para pensar como o Modernismo e o Futebol se relacionam à construção da ideía do que é “ser brasileiro” – com ambiguidades, complexidades e contradições. 22 “jogadores” em campo, 22 temas ligando 1922 a 2022, são 22 módulos ilustrados por fotografias e vídeos de época, áudios históricos e outros gravados por atores interpretando texto do Modernismo que se referem ao futebol.
Museu do Futebol – Praça Charles Miller, s/n. Estádio Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu. Fone: 3664-3848 Site: www.museudofutebol.org.br
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