Após três semanas da abertura de uma cratera em plena Marginal Tietê, o governo de São Paulo e a empresa Acciona ainda bombeiam o esgoto que invadiu as obras da linha 6-Laranja do metrô.
Segundo o Secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, há dois tatuzões submersos no esgoto. No momento do acidente, um estava em funcionamento e o outro, ainda sendo montado. Os equipamentos aguardam a drenagem dos túneis para serem avaliados e, assim, ter-se ideia de quando as obras poderão ser retomadas.
Procurada, a Acciona, no entanto, evita falar em prazo. O problema é que, enquanto todo o material não for completamente retirado, é impossível avaliar o estado dos tatuzões usados naquele trecho da obra. O tatuzão é um maquinário de 109 metros de comprimento, dez metros de diâmetro e peso de duas mil toneladas.
Uma das máquinas já estava em operação, enquanto a outra, que está do outro lado da Marginal Tietê em relação ao acidente, ainda não estava completamente montada para entrar em operação, conforme explicou a pasta dos Transportes Metropolitanos.
Paulo Galli diz que a empresa está comprando toda parte eletrônica estragada pelo vazamento. A Acciona confirma que a parte eletrônica, de fato, está danificada, mas não falou em ter comprado o material. “A análise do estado dos tatuzões, bem como sua retirada, será realizada somente ao final da drenagem”, afirma a empresa.
A entrega da obra da nova linha do metrô está prevista para 2025. O prazo, até o momento, segue inalterado, diz Galli. “Por enquanto, não trabalhamos com aumento de prazo. A empresa está trabalhando nas outras frentes da obra, Nesse momento, trabalhamos com a manutenção dos estragos. A obra não parou”.
A pista local da Marginal Tietê, onde a cratera se abriu e está cheia de argamassa, também segue sem previsão de liberação. “Temos um prazo de março, que já foi colocado, mas estamos buscando antecipar essa data. A área está sendo mapeada todo dia, mas não posso dar previsão”, afirma o secretário de Transportes Metropolitanos.
Ao mesmo tempo, técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) estão elaborando uma análise sobre as causas do acidente e possíveis reparos para a continuidade da obra. A conclusão do estudo também não tem ainda uma data definida.
Nesta semana, o Ministério Público de São Paulo deve começar a colher depoimentos dos diretores e responsáveis pelas obras. Há um inquérito em andamento para investigar as causas do acidente.
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