O sorotipo 3 da dengue voltou a circular no estado de São Paulo, após ficar em baixa circulação desde 2016. Especialistas alertam para aumento de casos da doença, uma vez que a dengue possui quatro sorotipos e a pessoa infectada só fica imune ao sorotipo que adquiriu.
A circulação de sorotipos da dengue é identificada pelas unidades sentinelas de arboviroses. São 71 em todo o Estado de São Paulo, implantadas em unidades básicas de saúde e em pronto-atendimentos, que recebem amostras de PCR para monitorar casos de dengue, Zika e chikungunya. Como a linhagem ficou um tempo considerável em baixa circulação, a população encontra-se mais vulnerável a ela.
Conheça os diferenciais do sorotipo 3 da dengue e saiba como se proteger contra ele:
Dengue tipo 3 é mais grave? O sorotipo DENV-3 é uma das quatro categorias de dengue em circulação no Brasil. Estudos apoiados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) não sugerem que a dengue tipo 3 seja mais grave. No entanto, quando o indivíduo é infectado por outros sorotipos, como o DENV-1, e logo depois pelo DENV-3, a gravidade do caso pode aumentar.
Os sintomas da dengue tipo 3 são iguais aos demais: febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, coceira, náuseas e dores musculares e articulares. Com o retorno do sorotipo 3, aumentam as chances de reinfecção pela doença.
Como se proteger da dengue tipo 3? As medidas de prevenção são as mesmas. Como a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, a principal prevenção contra a doença é o combate ao vetor.
Eliminar criadouros como recipientes com água parada; instalar telas em portas e janelas, e promover a conscientização comunitária sobre as medidas preventivas que podem ser tomadas pela população são as principais medidas de prevenção.
Para denunciar focos do mosquito, procure a Secretaria Municipal de Saúde, a Vigilância Sanitária ou o Centro de Controle de Zoonoses do seu município.
Vacina contra dengue: o Instituto Butantan desenvolve a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue. Os estudos foram concluídos ano passado, e o Instituto Butantan já submeteu o pedido de registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A vacina do Butantan é tetravalente, ou seja, oferece proteção contra os quatro tipos de dengue em circulação no Brasil. Caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa, o Instituto afirma ter condições de fornecer cerca de 100 milhões de doses ao Ministério da Saúde (MS) nos próximos três anos, sendo 1 milhão ainda em 2025.
Fonte: saopaulo.sp.gov.br