O combate ao tráfico ilegal de animais é um dever do poder público, em todas as instâncias. Além do comércio ser ilegal, os animais capturados para serem vendidos ilegalmente sofrem durante todo o processo de captura, transporte até a venda ilegal. Segundo Juliana Summa, bióloga e diretora da Divisão de Fauna Silvestre, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, muitas vezes o transporte é feito em caixas ou escondidos em pequenos compartimentos inadequados para que possam passar despercebidos pelos fiscais ambientais e pela polícia. As condições em que esses animais são mantidos também são insalubres, muitas vezes em depósitos ou salas para que as vizinhanças não tomem conhecimento.
A bióloga afirma que todo esse processo gera muito estresse aos animais, levando as mutilações, danos físicos e até mesmo ao óbito. “Não apenas os animais são prejudicados, mas também o equilíbrio ambiental. Normalmente os machos são os alvos do tráfico pela aparência e pelo canto. Dessa forma, a retirada de um grande número de machos de um mesmo ambiente pode gerar desequilíbrios na proporção entre machos e fêmeas. O mesmo acontece com a retirada de grande número filhotes”.
Segundo Juliana, o comércio existe porque há quem compre. “As pessoas gostam de ter algo diferente em casa”. Ela sugere que a sociedade civil denuncie a venda ilegal e principalmente não compre animais silvestres. “Mesmo no caso das vendas legalizadas o criadouro é muitas vezes abastecido por filhotes oriundos do tráfico. ”
Fonte: capital.sp.gov.br
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