O Cemitério da Lapa, conhecido popularmente como Cemitério da Goiabeira, pelo fato de ser construído onde havia um pomar destas árvores, foi fundado em 1º de janeiro de 1918, para suprir a necessidade de covas aos mortos pela epidemia da gripe espanhola, que matou cerca de 14 mil pessoas apenas na capital paulista, entre o início de setembro e o final de outubro daquele ano. E desde então, mantinha um espaço em suas dependências, denominado de Quadra Geral, parte do terreno que era destinado ao sepultamento dos menos favorecidos. Porém, desde 07 de março de 2023, quando os cemitérios da capital passaram a serem administrados por quatro concessionárias: CONSOLARE, CORTEL, VELAR e GRUPO MAYA, muitas coisas tem mudado, mas não obrigatoriamente para melhor, como se esperava.
No caso do Cemitério da Lapa, agora administrado pelo Grupo Maya, moradores da região reclamam que a então Quadra Geral (parte do terreno que era destinado ao sepultamento dos pobres) já não existe mais, e pior, passou a ser vendida!
Ou seja, o termo ônus: que significa um peso ou um encargo, e bônus: que significa uma vantagem ou uma recompensa, ilustra perfeitamente a atual situação desta concessão do Cemitério da Lapa. Portanto, o provérbio “não há ônus sem bônus”, em que o esforço aplicado na realização de algo, irá resultar em algum tipo de recompensa, é do tipo doa a quem doer; neste caso específico, é claro, no bolso e na baixa estima do munícipe menos favorecido. Ainda, segundo relatos, este é apenas um dos problemas citados, após a mudança de administração. E agora, recorrer a quem?
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