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Alunos da EMEF Rui Bloem, em Pirituba, transformam espaço da escola em galeria de arte

Um projeto de artes transformou a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Rui Bloem (rua Armando Flamarion Coelho, 241, Jardim Santo Elias), em Pirituba, em galeria. Obras de artistas consagrados foram reproduzidas em 40 portas, entre salas de aula, administração e mesmo dos banheiros, por 12 alunos dos 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental. O prefeito Bruno Covas, acompanhado pelo secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, visitou o local na manhã desta quarta-feira (2) e conversou com os alunos que participaram da iniciativa.
“Precisamos investir cada vez mais na qualidade das escolas públicas. Isso envolve a participação dos políticos, diretores de escolas, professores, alunos, pais e responsáveis. Quanto mais a gente conseguir envolver todas essas pessoas, maior será o comprometimento de todos. Projetos como este conseguem unificar todo mundo e mostram que sem o envolvimento jamais conseguiremos vencer o desafio que é a qualidade do ensino público”, disse o prefeito aos alunos da unidade que participam do projeto Imprensa Jovem.
emefCom o projeto, um autorretrato de Frida Kahlo ganhou novo tom de pele para representar uma aluna negra. A obra do pintor tanzaniano Edward Tingatinga, assassinado ao ser confundido com um criminoso, foi selecionada por sua história de vida tocar outro estudante.
“As pinturas abordam diferentes períodos e escolas artísticas e foram escolhidas de acordo com a identificação dos próprios estudantes”, explica a professora Priscila Trentin, que coordena a iniciativa. “Fui explicando sobre os pintores e o mais interessante é que eles se identificaram com as histórias”.
Basquiat, Tarsila do Amaral, Picasso, Van Gogh, Banksy. Todos estão representados nas portas, que contam com um QR Code. Ele dá acesso à informações como o título, ano de criação e onde a obra original pode ser encontrada.
Alunos que não tinham conhecimento sobre arte agora pensam em continuar pintando e também em ensinar. “Os estudantes tinham pouco contato com pincéis. Mesmo assim, é impressionante a técnica que eles apresentam. Até agora não consigo entender a capacidade que eles têm”, conta Priscila.
Para a professora, os adolescentes ganham ainda o sentimento de apropriação do espaço escolar. “Eles têm muito interesse em participar, pois trabalham com autonomia. É algo que foi feito por eles”.
O projeto não vale nota. É realizado durante o contraturno das aulas, fazendo com que os alunos permaneçam por mais tempo na escola. “Essa é uma forma que temos de protegê-los e oferecer mais conhecimento”, opina o diretor da unidade, Rodolfo Pauzer. A EMEF também tem grupos de xadrez, banda e um projeto de rádio.

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