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Ahh, as águas de março… “de todo” verão

Somente nesta quarta-feira, 12 de março, mais de 300 árvores caíram, milhares de imóveis ficaram sem luz e ainda houve uma morte. Enfim, são as águas de março fechando “todos os verões”

A Prefeitura de São Paulo contabilizou a queda de 330 árvores após o forte temporal que atingiu a capital na tarde desta quarta-feira (12). A Zona Oeste foi a mais atingida.
Mais de 75 mil imóveis ainda estavam sem energia elétrica às 6h10 desta quinta (13), segundo o levantamento da Enel. No total, 173 mil clientes ficaram no escuro depois da tempestade, onde a região Oeste foi a mais afetada com muitas árvores de grande porte caídas sobre a rede elétrica.
Toda a cidade ficou em estado de atenção para alagamentos, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura. As rajadas de vento chegaram a 60 km/h em algumas regiões da cidade, deixando muitos estragos.
Nesta mesma quarta-feira, a capital também ganhou, pelo 4° ano seguido, um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU) de preservação adequada e manejo sustentável de árvores e florestas urbanas do município. O prêmio foi anunciado antes do temporal.
A tempestade ainda deixou uma vítima fatal. Um taxista de 43 anos, morreu após uma árvore cair sobre seu veículo na Avenida Senador Queirós, no Centro. No momento do acidente, ele transportava dois passageiros chineses, mãe e filho.
Na Rua Artur de Azevedo, na região de Pinheiros, outra árvore caiu em cima de dois veículos deixando três pessoas feridas, segundo informações da Defesa Civil de São Paulo. No mesmo endereço, parte do teto de um restaurante desabou.
As aulas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, no campus Higienópolis, foram suspensas na noite de quarta e na manhã desta quinta em razão da queda de galhos no prédio. Os alunos do Colégio Mackenzie também ficaram sem aula.
Balanço: a região da Sé, onde o taxista morreu, foi a segunda área mais afetada pela chuva, com o registro de 106 quedas de árvores (32% do total).
A terceira árvore mais antiga da capital paulista, com cerca de 200 anos e 30 metros de altura, também caiu durante o temporal. Ela ficava no Largo do Arouche, no Centro, e era um chichá da Mata Atlântica que pode alcançar grandes dimensões e é usada em reflorestamento.
O recorde ficou com a Subprefeitura do Butantã com 110 árvores caídas (33% do total). Já a administração regional de Pinheiros contabilizou 95 quedas de árvores e a da Lapa, 19.
As rajadas de vento ultrapassaram os 60 km/h nesta quarta-feira — situação em que há risco de queda de árvores. O recorde de ventania na capital foi registrado em outubro de 2024, com 107,6 km/h na Zona Sul da cidade.

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