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A “modinha” do vape, 6x mais nociva à saúde

Uma pesquisa realizada pela Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em parceria com o Instituto do Coração (Incor) e o Laboratório de Toxicologia da Rede Premium de Equipamentos Multiusuários da FMUSP aponta que consumo de cigarro eletrônico (vape) provoca níveis de intoxicação no organismo superiores em relação ao cigarro convencional.
O estudo inicial, promovido com base nos dados de 200 fumantes de cigarros eletrônicos, detectou que os níveis de nicotina presentes nesses usuários são de até seis vezes maiores em relação aos fumantes de cigarros convencionais.
O estudo indica que a intoxicação por nicotina em quem usa o cigarro eletrônico é tão alta quanto, ou até pior, que nos usuários de cigarro tradicional. Também foi notado uma falta de conhecimento entre os mais jovens sobre os riscos de dependência, regras de uso e consumo em ambientes fechados, conforme a Lei Antifumo. Esses dados foram coletados durante a pesquisa por meio de questionários aplicados aos usuários de cigarros eletrônicos/vapes.
Atualmente, 3% da população do Brasil utiliza cigarros eletrônicos. Parar de usar o produto por conta própria é uma fantasia. Trata-se de um produto altamente viciante que contém substâncias extremamente tóxicas, que também afetam as pessoas ao redor. Ao inalar as partículas ultrafinas depositadas no ar, estas chegam ao sistema respiratório, atravessando a membrana pulmonar e causando uma grande inflamação.
A cardiologista do Incor ressalta que os riscos para a saúde dos usuários de cigarros eletrônicos são equivalentes aos dos usuários de cigarros convencionais com filtro. No entanto, a amplitude desses riscos é potencializada, com uma chance duas vezes maior de ter um infarto ou um AVC. Se o usuário faz uso dos dois tipos de cigarro, o risco é quadriplicado.

Fonte: saopaulo.sp.gov.br

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