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Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é grave, incapacitante e de alta letalidade

Você pode achar que fumar é um prazer, uma muleta, um acessório, ou até admitir que é um vício difícil de largar. Sim, o tabagismo é uma doença que precisa de tratamento e pode se desdobrar em problemas ainda piores, como câncer, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), doenças cardiovasculares e até levar à morte.
Seja por cigarro, charuto, narguilé, em geral, quem fuma, segundo dados da indústria do tabaco, consome em média um maço de 20 cigarros por dia, durante cerca de 20 anos.
Este é o tempo médio também para o surgimento dos sintomas da DPOC, que na verdade é um conjunto de doenças respiratórias: bronquite crônica e enfisema pulmonar.
A DPOC acomete pacientes com idade acima de 40 anos, que em 85% dos casos são ou eram fumantes, inclusive passivos. Os outros 15% dos portadores são trabalhadores com ocupações de larga exposição a substâncias químicas, poeira e produtos da queima de biomassa, como lenha e cana-de-açúcar. Estima-se que hoje sete milhões de brasileiros sejam portadores de DPOC.
O médico pneumologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Roberto Stirbulov, explica que a DPOC, além de crônica é uma doença progressiva. “A DPOC é uma doença inflamatória com progressão inexorável. Há a possibilidade de um retardo na sua evolução se a pessoa parar de fumar, mas em alguns casos a falta de ar é incapacitante”, alerta o pneumologista.
Com o passar do tempo, as pessoas com a doença têm cada vez mais dificuldade para respirar e perdem a capacidade física de realizar atividades simples do dia a dia, como subir escadas e até mesmo andar. A limitação respiratória leva à exaustão.
Sinais – Os primeiros sintomas são tosse, geralmente com catarro, falta de ar e uma sensação de aperto no peito.
O desenvolvimento da DPOC é lento, mas o pneumologista alerta que em alguns pacientes com predisposição ela pode se manifestar mais rapidamente e ainda aumentar a possibilidade de cardiopatias, osteoporose e alterações musculares.
O médico ressalta ainda que a DPOC mata mais que câncer e infarto e é uma inflamação que atua em espalhamento, provocando mais infartos e AVCs (acidentes vasculares cerebrais). Stirbulov também alerta para os cuidados redobrados com a Covid-19, pois a DPOC é um fator de risco para seu agravamento.
O diagnóstico da doença é feito por um exame chamado espirometria. Hoje, no Brasil, existem 800 mil pacientes em tratamento de DPOC na rede de Atenção Básica do SUS, havendo, portanto, um grande sub-diagnóstico. Parar de fumar, fazer atividade física e ter acompanhamento médico e medicamentoso são medidas para estabilizar a doença.
Se você fuma ou fumou, tem 40 anos ou mais, tosse persistente, com ou sem catarro, falta de ar progressiva que incomoda, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Acesse o site buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/ e veja a unidade mais próxima.
Fonte: capital.sp.gov.br

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