A fila formada em frente ao portão 7 da Ceagesp deu volta no quarteirão. Nem a chuva foi capaz de intimidar milhares de pessoas em busca de um kit feira, com 10 kg de alimentos cada um — entre eles legumes, verduras e frutas. A autônoma Katia Moraes elogiou a iniciativa. “Uma alface, um pimentão, um tomate. Ajuda muito. E se o Bolsonaro liberar o auxílio ajuda muito. Porque é muita gente passando fome.” As três mil cestas doadas nesta quinta-feira, 14, eram parte de um protesto pacífico contra o fim da isenção do ICMS no setor de alimentos em São Paulo.
Isso porque, desde esta sexta-feira, 15, o plano de ajuste fiscal do Estado entra em vigor, o que implica no aumento dos preços de diferentes setores. Entre eles produtos eletrônicos, automóveis, combustíveis e serviços de comunicação. Depois de sofrer pressão, o governo confirmou ontem que revogou mudanças nas alíquotas de ICMS para o setor de hortifrútis, insumos agropecuários e energia elétrica para os produtores rurais.
A decisão que deve ser publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial, inclui, também, os medicamentos genéricos. Em decisão liminar, o Tribunal de Justiça suspendeu nesta quinta-feira o aumento do ICMS sobre insumos médicos hospitalares e para medicamentos — como gripe, Aids e câncer. O governo do Estado disse que não se trata de uma alta de impostos, e sim, redução de isenções. A gestão vai conversar com os representantes das outras cadeias produtivas para buscar soluções dos impasses.
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