Acadêmicos do Tatuapé é bicampeã do carnaval 2018 de São Paulo. O título só foi garantido na apuração da última nota do último jurado, e pelos critérios de desempate: a escola ficou com a mesma pontuação da Mocidade Alegre, Mancha Verde e Tom Maior (270 pontos), mas teve melhor desempenho no quesito alegoria. Unidos do Peruche e Independente Tricolar foram rebaixadas.
Classificação final
Com exceção de uma nota 9,9 de um jurado em samba-enredo, a Acadêmicos dos Tatuapé recebeu nota máxima em todos os quesitos. A disputa, no entanto, foi apertada, com várias escolas se revezando na lidernaça. A Tatuapé só assumiu a ponta na abertura das notas do 7º quesito: alegoria.
Apesar de ter ficado empatada com outras três escolas, a Tatuapé ganhou por conta dos critérios de desempate. Em sorteio, ficou definido que em caso de empate, valeria o número de pontos nos quesitos, pela ordem: mestre-sala e porta-bandeira, harmonia e alegoria.
A Independente perdeu 1,2 ponto por causa de um problema que teve com um dos carros alegóricos, que precisou ser puxado por uma empilhadeira durante o desfile. A punição, no entanto, não influenciou no rebaixamento da escola, já que sua pontuação foi a mais baixa mesmo sem o desconto.
Atingida por um incêndio, a Acadêmicos do Tucuruvi desfilou, mas não foi julgada. Ela permanecerá no Grupo Especial. Acadêmicos do Tucuruvi, vítima de incêndio em janeiro, não foi avaliada.
A Águia de Ouro foi a campeã do Grupo de Acesso, seguida por Colorado do Brás. As duas escolas sobem para o Grupo Especial em 2019 no lugar de Independente e Peruche, que caíram.
Desfile das campeãs
A escola campeã, a vice, a terceira, quarta e quinta colocadas do Grupo Especial vão participar do Desfile das Campeãs nesta sexta-feira (16), junto com a campeã e vice do Grupo de Acesso.
Irão desfilar: Tatuapé, Mocidade, Mancha Verde, Tom Maior e Dragões da Real, Águia de Ouro (campeã do Grupo de Acesso) e Colorado do Brás (vice do Grupo de Acesso).
Homenagem ao Maranhão
A escola da Zona Leste apostou neste ano em um desfile tradicional que aconteceu sem imprevistos e agradou pelo samba-enredo potente. Veja letra de samba-enredo da Acadêmicos do Tatuapé.
Um dos destaques foi a bateria, que interagiu com os integrantes fazendo “apagões”: os instrumentos davam trégua, e a escola podia cantar o samba.
O carnavalesco Wagner Santos estreou na Tatuapé desenvolvendo um enredo que conhece bem, já que é maranhense. A escola levou para a avenida 3,2 mil integrantes em fantasias luxuosas, alas coreografadas e alegorias gigantescas.
A Tatuapé entrou no Anhembi “navegando” com uma ala que representava o mar e as caravelas dos portugueses. Na sequência, alas e carros mostraram a culinária, a história e a natureza do Maranhão.
A escola conseguiu economiza mais de R$ 600 mil, com a reciclagem de fantasias do desfile do ano passado.
Mistura de samba com reggae
A Acadêmicos do Tatuapé ainda apostou em uma bossa ao ritmo de reggae, muito popular no Maranhão, e em carros alegóricos que mostravam a culinária, a história e a natureza desse estado do Nordeste do Brasil.
A bicampeã do carnaval de São Paulo é a única escola a contar com um “rei de bateria”, Daniel Manzioni. Este ano ele foi coroado o “rei eterno” da escola durante o desfile no Sambódromo.