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Pastilhas e sprays de garganta podem “mascarar” doenças graves

Com as recentes mudanças climáticas, que trazem oscilações bruscas de temperatura e aumento da exposição ao ar-condicionado, muitas pessoas têm sofrido com incômodos na garganta. Esses sintomas podem variar desde um simples desconforto até sinais de condições mais graves, como infecções respiratórias.
Em busca de alívio, é comum que as pessoas recorram a sprays e pastilhas para a garganta, disponíveis nas farmácias. Embora esses produtos ofereçam um alívio rápido, surge a dúvida: eles são realmente seguros? Existe um limite para o uso?
Para esclarecer esses pontos, o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Gilberto Ulson Pizarro compartilha importantes orientações sobre o uso responsável desses medicamentos e os cuidados que as pessoas devem tomar ao usá-los.
Uso consciente de sprays e pastilhas: de acordo com o Dr. Pizarro, tanto pastilhas como sprays para garganta têm como objetivo principal aliviar temporariamente os sintomas da dor ou desconforto. Contudo, é essencial entender que esses produtos não devem ser considerados soluções definitivas. Cuidados essenciais ao utilizá-los incluem:
• Leitura das instruções. Antes de usar qualquer medicamento, o primeiro passo é sempre verificar as informações na bula. Saber a dose recomendada, as contraindicações e os efeitos colaterais ajudam a garantir um uso seguro.
• Evitar o uso contínuo. O especialista alerta para o perigo do uso excessivo e prolongado desses produtos. Embora possam aliviar os sintomas momentaneamente, o uso recorrente pode ocultar sinais de uma doença mais séria. “Se a dor de garganta persiste por mais de dois ou três dias, é crucial procurar orientação médica, pois isso pode indicar algo mais grave que precisa de tratamento especializado”, explica Dr. Pizarro.
• Atenção às contraindicações. Algumas pessoas podem ser alérgicas a substâncias presentes em certos medicamentos. Por isso, é importante estar atento às contraindicações, especialmente se houver histórico de reações alérgicas. “Em caso de dúvidas, é sempre aconselhável consultar um médico”, orienta o otorrinolaringologista.
A importância de um diagnóstico médico: embora pastilhas e sprays possam aliviar temporariamente o desconforto, Dr. Pizarro destaca a importância de buscar um diagnóstico médico. “A automedicação pode esconder problemas maiores, como infecções bacterianas ou virais, que exigem tratamentos específicos”, afirma.
A dor de garganta, quando persistente, deve ser avaliada por um profissional de saúde, que pode identificar a causa e indicar o tratamento adequado. “Cada caso é único, e o tratamento precisa ser personalizado”, conclui o otorrinolaringologista.
Portanto, ao lidar com sintomas de dor de garganta, especialmente quando são recorrentes ou prolongados, a melhor prática é sempre buscar a orientação de um especialista para garantir que a recuperação seja segura e eficiente.

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