Quem passa pelas margens do Rio Pinheiros, vem se deparando com uma cena inusitada: a presença de pássaros de cauda rosa, onde muita gente chegou a confundir a ave com flamingos, mas na verdade, são colhereiros (Platalea ajaja).
A presença dessa espécie em áreas próximas ao Rio Pinheiros sugere uma possível melhora na qualidade ambiental. Isto porque quando as aves retornam a um ambiente aquático, é visto como um sinal positivo de que o ecossistema está se recuperando, uma vez que são sensíveis à poluição e à degradação ambiental.
Boa parte dessas aves são migratórias e escolheram o rio como local de descanso devido ao nível mais baixo do leito, o que aumenta a oferta de alimento, como pequenos peixes e matéria orgânica. “Esses animais são tolerantes a esses ambientes, onde tem algum tipo de inseto, pequenos anfíbios, pequenos roedores, que eles possam se alimentar. Muitas vezes desembocam outros cursos d’água, que trazem outros animais, e eles podem ficar ali ocupando essa área e se alimentando”, explica a diretora do Centro de Conservação Integrada da Coordenadoria de Fauna Silvestre, Liliane Milanelo.
Mas não é apenas a presença dos colhereiros que enche de esperança quem passa pelo local. No ano passado, o Governo do Estado de São Paulo removeu mais de 940 mil m³ de sedimentos da calha dos rios Tietê e Pinheiros. Um investimento de quase R$ 153 milhões. O desassoreamento faz parte de um esforço conjunto para revitalizar os rios paulistas.
Essas ações não apenas melhoram as condições dos rios durante as chuvas, mas também contribuem para a qualidade de vida dos moradores locais e preservação da vida selvagem. Fonte: saopaulo.sp.gov.br
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