A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), por meio da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), autorizou, no dia 15 de outubro, uma exposição itinerante que vai mostrar à cidade personagens relevantes da história do Brasil e que tiveram seus rostos esquecidos da narrativa histórica oficial.
A iniciativa, denominada “Matrizes Insurgentes”, é idealizada pelo Coletivo Coletores, em parceria com quatro unidades do Sesc São Paulo: Bom Retiro, Centro de Pesquisa e Formação, Belenzinho e Ipiranga. A exposição vai ao encontro do programa Diversos22 do Sesc, cujo objetivo é refletir sobre o centenário da semana de Arte Moderna 1922 e o Bicentenário da Independência.
A mostra levará, entre os dias 10 e 13 de novembro, para todas as regiões da cidade, o Led Truck (caminhão de Led, em inglês), equipado com dois painéis digitas que exibirão imagens dos homenageados. São eles: Maria Felipa de Oliveira, Luísa de Mahin, Luíz Gama, Lima Barreto e Dionísio Barbosa.
Ao todo, serão realizados quatro percursos, um por dia, das 12h às 18h. O caminhão circulará, respectivamente, pelas zonas Norte, Oeste, Leste e Sul, sempre terminando o trajeto no centro da cidade.
A autorização da CPPU considerou a Lei Cidade Limpa (Lei 14.223/2006) e a Resolução SMDU.CPPU/008/2011, que regulamenta a comunicação visual de projeções temporárias de filmes, desenhos, fotos e imagens em geral que podem ser vistas das ruas da cidade. A decisão da CPPU não dispensa os proponentes de obterem demais licenças e autorizações necessárias junto aos órgãos públicos competentes.
Quem são os homenageados?
A “Matrizes Insurgentes” resgata figuras-chave dos movimentos de Independência do Brasil, Abolição da Escravatura e formação cultural do país. Saiba mais abaixo:
Maria Felipa de Oliveira: personagem relevante nas revoltas pela Independência do Brasil no século XIX.
Luísa de Mahin: nascida possivelmente na Costa da Mina na África, em meados do século XIX, e uma das principais figuras da Revolta dos Malês e da Sabinada, na província da Bahia.
Luíz Gama: poeta, abolicionista e símbolo da luta por liberdade que, mesmo impedido de se formar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo, exerceu advocacia, o jornalismo e o ativismo pela liberdade dos negros.
Lima Barreto: um dos mais relevantes escritores do pré-modernismo brasileiro do fim do século XIX e início do XX, mas que só veio a ser reconhecido após sua morte em 1922.
Dionísio Barbosa: ativista cultural e fundador do cordão da Barra Funda em 1914, marco do samba paulistano e da formação cultural da cidade de São Paulo. Fonte: capital.sp.gov.br
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