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Comunidade faz passeata e cobra posicionamento de poder público para impactos gerados por obra da Eztec

Cerca de 200 moradores do City América, Parque São Domingos e da Fiat Lux mostraram sua indignação no sábado, dia 17, por meio de uma passeata pacífica para protestar contra os impactos negativos causados pela obra que vem sendo realizada pela construtora Eztec na região.
O futuro empreendimento será construído no terreno conhecido como do Casarão do Anastácio, na conjunção das avenidas Cardeal Mota, Otaviano Alves de Lima e Rua Inácio Luís da Costa.
Entre os principais problemas apontados pela comunidade estão: a deterioração da pavimentação de vias como a Cardeal Mota, por meio do trânsito de caminhões pesados, poeira que tem invadido as casas da região, retirada de alambrado que cercava o fundo de residências da Rua Dr. Odon Carlos de Figueiredo Ferraz, deixando as residências vulneráveis, e transformação de um pequeno trecho da rua Inácio Luís da Costa para mão única, limitando o trânsito no bairro e transformando-a em uma entrada particular para o empreendimento. A alta velocidade e o trânsito de caminhões em horários inadequados também foram destacados.
Meio ambiente e cultura
Além de questões como zeladoria, segurança e desvalorização de imóveis, outras têm sido levantadas por moradores. Em relação ao meio ambiente, há a ocorrência de derrubada de árvores e é nítido o deslocamento de espécies como saruês, macacos, micos e pássaros em fuga do local. Outra questão trata da restauração do Casarão do Anastácio (conhecido também como Casarão da Marquesa).
Como esses problemas já foram levados à construtora e órgãos públicos, como as secretarias municipais de Urbanização e Licenciamento, da Mobilidade e Trânsito, do Verde e Meio Ambiente, Subprefeitura, CET, Dnit e Artesp, sem que nada de concreto fosse realizado, os moradores decidiram pela manifestação.
Petição e ação pública
Outras alternativas buscadas pelos moradores foram a publicação de uma petição pública (https://chng.it/xCPgmTJZzb, que já atingiu mais de 1.100 assinaturas, além de uma ação pública, movida pelo advogado Thyago Szoke Medeiros Carneiro, para que os envolvidos com a obra respondam pelas licenças concedidas, se ainda são válidas, se estão de acordo com a legislação e condizente à realidade dos bairros e, caso não estejam, que sejam apurados os responsáveis. “É lícito que a construtora queira empreender no local, mas com bom senso e o menor impacto possível para a população local e também para que saibamos quais compensações estão previstas com a obra de tamanho porte. Não se pode ignorar as reivindicações da comunidade”, diz.
A partir de agora, segundo Carneiro, cabe às Procuradorias-Gerais do Município e do Estado fiscalizar essa ação, de acordo com o previsto na lei, para apurar possíveis desvios. Ainda não se trata de uma liminar, mas caso o Ministério Público observe alguma ação irregular, ele pode pedir adequação de todo o projeto.

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