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7 das 8 vacinas obrigatórias estão abaixo da meta de vacinação na cidade de São Paulo

7 das 8 vacinas obrigatórias que todas as crianças precisam tomar até os 2 anos de idade, segundo recomendações das autoridades de saúde, estão abaixo da meta de vacinação na cidade de São Paulo.
Os dados são da prefeitura da capital e mostram a comparação entre os índices de vacinação no primeiro semestre de 2020 com o mesmo período de 2019. Especialistas apontam que a epidemia de coronavírus pode ter sido uma das causas que levou à queda na procura em São Paulo.
Os números mostram que uma das vacinas mais importantes, a BCG, que é contra a tuberculose, tem menos de 60% de vacinação na capital na campanha neste ano – o recomendável é que haja, ao menos, 90% da faixa etária vacinada.
Dentre o grupo de vacinas que precisa ter mais de 95% da taxa de vacinação, apenas a pentavalente passou da meta, sendo aplicada em todas as crianças de até 2 anos da cidade. Ficaram abaixo da meta as vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola, atingindo 88,9% da meta, e a poliomielite, aplicada em apenas 79,45% da faixa etária indicada.
O sarampo tinha sumido de São Paulo e do Brasil e voltou a aparecer em 2018.
“É preocupação muito grande para toda saúde e para o programa de imunização ter essa cobertura baixa. Porque as pessoas agora estão preocupadas com a Covid-19 e querendo a vacina contra o coronavírus, e esquecem que temos vacinas para tantas outras doenças, que são muito graves e muito letais também, e que as pessoas não tomam”, afirma Adriana Peris, coordenadora do Programa Municipal de Imunizações da Prefeitura de São Paulo.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, Juarez Cunha, outros fatores, além da Covid-19, colaboraram para a queda da taxa de imunização neste ano. Ele destaca as fake news e a complexidade do sistema atual de vacinação, além da hesitação entre adultos para tomarem a doença.
“O principal motivo da hesitação de tomar a vacina são o medo dos eventos adversos, reações, isso cabe aos profissionais da saúde orientar de forma adequada sobre dúvidas que as pessoas tem sobre a vacinação”, diz Cunha.

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