São Paulo teve 16 mortes de ciclistas de janeiro a setembro de 2018, de acordo com o Infosiga SP (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo). Destes, 81% dos ciclistas foram socorridos, mas morreram. Junho foi o mês mais violento, com 6 mortes.
A falta de ciclovias não ajuda a segurança de ciclistas. Como em muitos lugares da cidade não há espaço para as bicicletas, ciclistas têm se arriscado no meio dos carros.
A Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) passou um dia inteiro sobre a Ponte Eusébio Matoso que liga o Butantã a Pinheiros. Contou 1164 bicicletas passando pelo local entre 6h e 20h, uma média de 83 por hora.
Desses, 75% dos ciclistas usaram a calçada e não a rua e 56% não estavam com capacete. A associação cobra da prefeitura a construção de uma ciclovia no local. A obra está prevista desde 1994.
A Avenida Eusébio Matoso tem uma extensão de 300 metros e nenhuma placa de sinalização de trânsito nos dois lados. A pista também está cheia de buracos. Na ponte, os ônibus passam quase encostando nas bicicletas. Também é comum que ciclistas se arrisquem entre os carros. A calçada acaba substituindo a ciclovia pra desespero de alguns pedestres.
A prefeitura disse que a SPObras prepara a licitação do projeto executivo da ciclopassarela e que o lançamento do edital das obras está previsto para o final de 2019. Também informou que o novo plano cicloviário da cidade prevê a implantação de 1.420 quilômetros de ciclovias até 2028.
Faltam paraciclos
O número de bicicletas em circulação na capital praticamente dobrou em 2017, segundo um estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Outro problema para os ciclistas na capital é a falta de segurança quando eles precisam deixar a bicicleta. A cidade tem 200 paraciclos públicos, que são estruturas onde se pode deixar a bicicleta.